Turismo internacional, uma fatia de mercado que Petrópolis deixa passar
Talvez ainda dê tempo de incluir no Plano Diretor de Turismo (que, inclusive foi aprovado, mas ainda passa por avaliação da Câmara de Vereadores) um planejamento objetivo para atrair turistas internacionais. A cidade, em anos pré-pandêmicos, recebia uma faixa de 115 mil estrangeiros por ano. Em 2017, por exemplo, os Centros de Informação Turística de Petrópolis registraram visitantes estrangeiros de 60 países diferentes. Boa parte dos visitantes de fora vem em busca da natureza, com destaque para as visitas ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos e pelo turismo histórico-cultural tendo como referência o Museu Imperial e também a Casa de Stefan Zweig.
Concorrência segue aumentando
Se Petrópolis tem potencial para ampliar essa visitação – e deve ter um programa em parceria com estado e União para ser mostrada em feiras internacionais – deve ficar atenta à concorrência. A Embratur apresentou a atualização do Mapa do Turismo Internacional que lista cidades brasileiras com potencial para receber visitantes estrangeiros. Petrópolis é uma das 23 cidades fluminenses na lista, mas a concorrência tá aumentando: Caxias, Itaperuna e Barra do Piraí foram incluídas.
Encolhido
E o vice-prefeito Paulo Mustrangi segue, a cada dia, mais invisível no governo Bomtempo. Ao optar por ser candidato a deputado ano passado (e que depois desistiu) abriu mão das secretarias de Obras e de Serviços. E, desde então, não conseguiu ainda uma posição de mais visibilidade no governo. A gente avisou.
Jardins comestíveis
Hortas urbanas, jardins comestíveis ou praças ecológicas. São vários nomes para uma novidade que veio de Maricá: verduras, temperos, frutas e legumes plantados em praças e que podem ser colhidas pela população de graça. A experiência tá dando tão certo que o prefeito de lá Fabiano Horta (não é trocadilho) está em turnê na Europa apresentando o programa.
Ideia boa é para ser copiada
E pensar que Petrópolis, maior produtora de orgânicos do Estado e quinta maior produtora de legumes e verduras entre as cidades fluminenses, poderia adotar o programa. E vamos combinar: não é feio copiar ideia boa.
É pior do que se pensava
O Ministério Público conseguiu na justiça que a prefeitura adote medidas urgentes para a redução da fila de espera de pacientes que aguardam cirurgias ortopédicas e traumatológicas. Tem gente esperando desde 2018. Pelas contas do MPRJ seriam 40 pessoas. Mas eis que em resposta à imprensa sobre como vai cumprir a decisão judicial, a prefeitura diz que essa fila é de 200 pessoas.
Nova tentativa para UTIs
Falando em saúde, a prefeitura vai tentar pela quarta vez, nos últimos amos, 12 leitos de UTI adulto. Foram feitas tentativas em 2020, 2021 e a última agora em maio. Uma nova licitação foi marcada para julho. Ocorre que o valor de gasto de diária permanece exatamente o mesmo, uma soma de R$ 9 milhões, via tabela SUS. Pode ser que não alcance interesse dos hospitais particulares exatamente pelo valor.
Fator Castro
Longe de a gente implicar com o governador Claudio Castro, ariano de pavio curto, mas é apenas um conselho: na reeleição, ele teve em Petrópolis 105.011 votos que representam 67,36% dos votos válidos. Tá certo que a direita na cidade costuma ter a preferência do eleitorado, mas o mérito de Castro foi ter estado presente quando a cidade mais precisou, nas chuvas.
Presença
E ele compareceu com mais de R$ 700 milhões em obras e financiamento. Porém, falta uma parcela de intervenções combinadas lá naquela época e outras que podem ser estruturais para a cidade sem, necessariamente, estarem diretamente ligadas às chuvas. Para ser um bom cabo eleitoral do seu candidato a prefeito ainda a ser escolhido, Castro vai ter que terminar o que iniciou em obras e voltar a ser presente. E torcer para que o Midas, ao contrário da política petropolitana, não estrague. Essa segunda parte a gente acha a mais complicada por sinal.
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