Uefa vê ‘possível violação jurídica’ e promete punir Real, Barcelona e Juventus

25/05/2021 18:55
Por Estadão

A Uefa confirmou nesta terça-feira que abriu um processo disciplinar contra Real Madrid, Barcelona e Juventus devido à criação da Superliga Europeia. Os três clubes continuam filiados ao grupo, mesmo após os outros nove integrantes desembarcarem da empreitada.

O anúncio foi feito após uma investigação de inspetores do Comitê de Ética e Disciplina da Uefa, que iniciou os trabalhos no dia 12 de maio. Segundo comunicado da entidade, os clubes podem responder “por possível violação do quadro jurídico da Uefa” e que “mais informações serão comunicadas no seu devido tempo.”

Real Madrid, Barcelona e Juventus podem ser excluídos de competições organizadas pela Uefa caso insistam em continuar vinculados à Superliga Europeia. Detalhe: os três clubes estão classificados para a próxima edição da Liga dos Campeões.

Os outros nove fundadores da competição – os ingleses Manchester City, Liverpool, Chelsea, Manchester United, Tottenham e Arsenal; os italianos Milan e Internazionale; e o espanhol Atlético de Madrid -, desistiram formalmente da ideia.

Presidente do Real Madrid e também da Superliga Europeia, Florentino Pérez, não demonstra qualquer vontade de desistir totalmente do projeto. A Juventus, segundo o principal acionista do clube, Andrea Agnelli, informou que o grupo acabou, mas não houve desfiliação. Por fim, o Barcelona pretende colocar o assunto para votação dos sócios.

SURGIMENTO E QUEDA – A pressão de treinadores e jogadores foi decisiva para que o projeto de criação da Superliga Europeia não saísse do papel. Logo após o anúncio do surgimento do torneio com 12 dos maiores clubes do continente, no dia 18 de abril, já começaram as primeiras reações negativas.

Acuados, os clubes, então, começaram a anunciar suas saídas dois dias depois. O Manchester City puxou a fila e foi seguido pelos demais clubes ingleses. Depois foram de Atlético de Madrid, Milan e Inter de Milão que pularam do barco. Apenas Real, Barcelona e Juventus seguiram adiante. No dia 12 de maio, os nove clubes, segundo a Uefa, se desculparam e foram perdoados.

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