UERJ Petrópolis mantém calendário
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) retomou as aulas nesta segunda feira. Após três meses de greve de docentes, técnicos administrativos e parte dos estudantes de alguns campus da universidade, as aulas referentes ao primeiro semestre de 2017 foram retomadas. Apesar da paralisação na capital, no campus Petrópolis as aulas já haviam sido normalizadas no ano passado.
Segundo o reitor do campus Freddy Vamp Camp, as aulas foram retomadas nos campus que não concluíram as aulas referentes ao primeiro semestre de 2017. Em Petrópolis, apesar do estado de greve, as aulas foram mantidas até o dia 20 de dezembro. As aulas referentes ao segundo semestre de 2017 estão previstas para começarem no dia 11 de abril.
A reitoria da universidade da capital estima que as aulas do semestre terminem em 20 de março, para que, após as provas e lançamento de notas, o segundo semestre inicie em todos os campus em abril. Ainda não há previsão oficial de quando o calendário deve ser normalizado, o que ainda está em análise na comunidade acadêmica da Uerj.
Ao longo dos últimos dois anos, a Uerj vinha sofrendo com atraso no pagamento de servidores e, segundo a reitoria, continua com dívidas com empresas prestadoras de serviços como limpeza, segurança e coleta de lixo. O restaurante universitário ficou sem funcionar durante praticamente todo o ano passado, e os repasses ao Hospital Universitário Pedro Ernesto tiveram que ser garantidos por uma decisão judicial obtida pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo Freddy, os salários foram quitados, mas ainda falta parte do pagamento do 13° do ano que passou. A Associação dos Docentes da Uerj segue em clima de apreensão quanto à capacidade de o estado manter os pagamentos em dia. De acordo com o diretor da associação, Guilherme Abelha, embora apreensiva com as condições do governo de manter os salários em dia no futuro, a categoria decidiu retornar as atividades. “Sabemos que a qualquer momento podemos ser surpreendidos por uma notícia negativa que deixe comprometido o nosso trabalho”, disse.
Ainda de acordo com a reitoria, a universidade tem conseguido fazer os pagamentos pontuais às empresas contratadas, e, no momento, os serviços essenciais estão em funcionamento.