Um ano da tragédia: missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, acontece nesta quarta (15)

15/02/2023 14:33
Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

A Paróquia Santo Antônio, no Alto da Serra, em Petrópolis, realiza nesta quarta-feira (15), em memória às vítimas da tragédia de 2022, uma missa, às 19h30, presidida pelo bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, OSB. Antes da missa, às 15h, acontece o Terço da Misericórdia, com a missionária da Comunidade Canção Nova, Daniela Miranda e, às 18h, terço luminoso. Padre José Celestino, pároco do Alto da Serra, convida todos para este momento de oração em memória das vítimas da tragédia e em agradecimento por aqueles que sobreviveram.

Desde a tragédia em 15 de fevereiro de 2022, a Paróquia Santo Antônio e a Diocese de Petrópolis, por meio do Projeto Presença Samaritana, continuam atendendo os sobreviventes. Até o momento foram distribuídas mais de 342 toneladas de alimentos, doados às famílias cadastradas nas paróquias e também a quem buscou ajuda diretamente na sede da Mitra Diocesana.

Lembrando a tarde do 15 de fevereiro de 2022, Dom Gregório Paixão conta que recebeu muitas ligações, entre elas a do Padre Celestino, do Alto da Serra, que abriu as portas da igreja para receber todas as vítimas, chegando a abrigar, em um único dia, mais de 30 pessoas.

“As dificuldades foram muitas, mas, as pessoas foram para a igreja em busca de abrigo e de um lugar seguro. Todas as igrejas de Petrópolis ficaram abertas para receber as vítimas e para ajudar aqueles que precisavam.”, contou o bispo.

Ele explica que o Projeto Presença Samaritana centralizou toda ajuda às vítimas, sendo que algumas ações foram e estão sendo desenvolvidas a partir do cadastro das paróquias, como a entrega de cestas básicas. Todo o trabalho de assistência do projeto, ao longo de um ano, foi registrado e contabilizado para que todas as doações fossem entregues às pessoas necessitadas e contabilizadas, com a visita realizada pela assistente social do Projeto.

Depois de um ano, Dom Gregório afirma que ainda há muito para ser feito, principalmente em termos de ações que possam evitar mais mortes, como ocorreu em fevereiro de 2022.

“Todos sabemos que vai acontecer novamente, seja por causa da mudança climática ou pela fragilidade estrutural das comunidades, principalmente porque temos um problema histórico em Petrópolis, mas, precisamos ter projetos para criar estrutura que proteja, principalmente, a vida das pessoas. Eu espero que um dia tenha alguém que diga: “vamos fazer diferente”, e tenha projetos que realmente retirem as pessoas das áreas de risco.”, afirmou o bispo.

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