Um ano sem o Moser

08/03/2017 12:00

Seria apenas mais uma data de recordações e saudade se não fosse o nosso fraterno Frei Antônio Moser, além de multifuncional, tão importante para a vida de muitos de nós. Sua capacidade de compreender e ajudar, com poucas palavras, as angústias e sofrimentos das pessoas: estamos sentindo falta. Nem sempre compreendido, mas, competentíssimo e superpreparado.

Todos que vêm atuando nas várias atividades até então comandadas por ele, estão fazendo o melhor possível. Mas, a inteligência para o diagnóstico e a rapidez para o tratamento impressionavam nosso amigo brutalmente assassinado há um ano. Um puxão de orelha do Moser era uma aula de conhecimento e retomada de rumo. Seus livros e artigos, sempre atuais e propositivos. Os rancorosos sempre tiveram mais dificuldade no convívio. 

O convite para ajudar nos bastidores do Sínodo dos Bispos no Vaticano foi o reconhecimento internacional pelas lutas, competência e até injustiças cometidas com ele. Seu Programa semanal, “Em Pauta” na TV Canção Nova, era visto em vários países e seu conhecimento de tantos e diversos assuntos, o projetava ainda mais. 

O aperto que nosso coração sente ao caminharmos pelos lugares até um ano frequentados pelo saudoso mestre, ainda não foi curado. Principalmente pela forma estúpida e violenta do crime cometido sei lá por quem, quando conduzia o carro da presidência da Editora Vozes, há 500 metros da sede da Polícia Rodoviária Federal. No País com o maior número de homicídios no mundo, jamais esqueceremos do professor e amigo que nos ensinava, a seu modo, a permanência na fé,a participação nas celebrações, importância da dedicação às pastorais e movimentos,o cultivo permanente do perdão e da esperança.

Criador de várias comunidades de fé, premonizou que seu trabalho junto ao Terra Santa seria o último. E se estivesse por aí diria para comemorarmos com festa seu aniversário de partida. Cabe a nós a coragem para obedecê-lo. Sua benção. Valeu amigo.

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