Uma queda demorada

24/02/2019 07:00

Tivemos uma semana pautada por tolices e maldades da imprensa. Custo a acreditar em tanto esforço inútil para criar "crises", em flagrante tentativa de desestabilizar um governo recém iniciado e prematuro de uma avaliação séria.

Incompreensível a tentativa de políticos e desta imprensa de proteger Gustavo Bebiano em seu cargo, salvo se for porque Bebiano, supostamente, vasava notícias internas do governo para esta mesma imprensa. Note-se que este ex-Ministro, no final da campanha, era cotado para Ministro da Justiça, depois Chefe da Casa Civil, mas após a eleição, lhe foi dada uma desidratada Secretaria-Geral da Presidência da República. Nunca se conformou com isto; se sentia desprestigiado e entendia que merecia mais, por ter "carregado" (segundo ele) a candidatura de Jair Bolsonaro desde o primeiro momento. Sempre reagiu à indicação e falava a seu íntimo círculo, que a culpa por seu isolamento e a falta da devida importância que mereceria, se devia a pressões dos filhos do Presidente que dele não gostam.

A bem da verdade, nunca passou de um falastrão, vaidoso, que só chegou, onde chegou, por ser presidente do PSL, partido que deu nominata a um candidato em quem ninguém acreditava, mas que ganhou por vontade do povo. Óbvio que a população não votou no PSL, nem em seu presidente de então, Gustavo Bebiano e sim em Bolsonaro. Gratidão tem limites, manter no governo uma figura que, com suas atitudes estava a minar o governo, foge de qualquer bom senso, e cuja intenção era a de envolver o Presidente em repasses de dinheiro a candidatos laranjas. 

Bebiano foi defenestrado de forma oportuna, apesar de entender, demorada em excesso sua exoneração e, se caráter tivesse, teria se demitido antes, no momento em que percebeu sua "fritura". O desalinhamento com o governo era visível. Por qual motivo convidar o vice-presidente de Relações Institucionais da Rede Globo, para uma reunião dentro do palácio? Uma organização de comunicação totalmente contrária a Bolsonaro. Seria uma atitude de rebeldia ou uma inútil forma de demonstrar independência? De qualquer forma, ambas condenáveis.

Esta "crise" se assim podemos chamar, nada mais foi que marola, transformada em tsuname, por uma imprensa militante da catástrofe. Assuntos que realmente mereceriam artigos e opiniões, como a reforma da previdência, a tragédia de Brumadinho, foram transferidos para páginas internas dos jornais e revistas. 

Quanto ao fato de a família participar institucionalmente da vida politíca e auxiliarem o governo, penso ser saudável, a contrario sensu da avaliação feita por esta mídia que ai está, portadora da voz do caos.

A escolha do general Floriano Peixoto para o lugar de Bebiano, foi uma escolha que "melhor impossível" : o general Floriano é uma das melhores cabeças do governo.

São novos tempos e esta tentativa de desconstrução feita por pessoas mal intencionadas, sem escrúpulos, vem fazendo com que suas máscaras caiam por terra, como já começou a acontecer. Jornais, como a Folha de São Paulo e o Globo, estão a perder muito de sua credibilidade com uma postura intencionalmente maldosa e condenável, frontalmente contrárias à realidade e ao almejado pelos brasileiros.

Governar é ter também jogo de cintura, é ter de matar, todo santo dia, um leão; não é uma arte para amadores (apesar destes tentarem), é saber que quanto mais apartado de conspiradores e insatisfeitos, mais salutar se torna a governabilidade.

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