UPA de Cascatinha volta a restringir atendimentos

Pela terceira vez esta semana, quem precisou de atendimento na UPA de Cascatinha, na manhã de ontem, enfrentou dificuldades. Por falta de médico, a administração da unidade restringiu o atendimento clínico apenas para casos considerados graves, classificados como vermelho e amarelo. Já as consultas de pediatria estavam com o funcionamento normal.

Com a parte clínica fechada na UPA de Cascatinha, os atendimentos estavam sendo direcionados para a Unidade de Pronto Atendimento do Centro e o Pronto Socorro do Alto da Serra. Devido ao movimento, na UPA Centro os pacientes estavam aguardando mais de quatro horas pelo atendimento.

O vereador Marcelo da Pró-Deficiente esteve na unidade do Centro na manhã de ontem. “Verifiquei que havia médico na unidade, mas o atendimento estava bem demorado. A UPA está superlotada. Esta situação está preocupante e temos recebido inúmeras denúncias tanto de pacientes quanto dos profissionais”, comentou o vereador.

Desde que o Consórcio Saúde Legal começou a administrar as UPAS do Centro e Cascatinha, no dia 21, há registros de problemas nos atendimentos nas unidades. O motivo é a forma de contratação proposto pelo consórcio que é de cooperativa. As entidades de classe, como o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Petrópolis já se mostraram contrários a esse tipo de contratação, que, além de resultar na redução salarial dos funcionários não garante os direitos trabalhistas como férias, décimo terceiro, entre outros.