UPA do Centro: vacinas antitetânica e antirrábica passam a ser aplicadas 24h

22/11/2017 14:40

Cumprindo uma determinação do Ministério da Saúde, a prefeitura passa a oferecer 24h por dia, as primeiras doses das vacinas antitetânica e antirrábica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Centro. Polo para todas as cidades da Região Serrana, a UPA também oferece diariamente os soros antirrábico, antitetânico, antiofídico (picada de cobra), antiaracnídico (picada de aranha) e antiescorpiônico (picada de escorpião).

As doses subsequentes das vacinas são aplicadas de segunda a sexta-feira de 8h às 16h unicamente na unidade do Centro. Com a chegada do verão aumentam-se os casos de acidentes com animais peçonhentos, por conta disso, a Secretaria de Saúde adotou novo fluxo de atendimento a partir desta semana.

De janeiro a outubro deste ano foram registrados 132 acidentes, no mesmo período em 2016 foram 101. O maior número registrado foram as picadas de aranhas – 64 casos este ano e 43 no ano passado. Escorpião foram 28 casos este ano e 25 no ano passado. Serpentes tiveram 20 casos em 2017 e 18 no ano passado. Os outros casos registrados foram de lagarta e abelhas.

“Em média a UPA recebe semanalmente três pacientes que necessitam da sorologia ou da vacina. Na atual gestão foi estipulado pela Secretaria de Saúde um novo fluxo de atendimento que contempla a assistência de primeiros socorros e a aplicação do soro”, avalia o secretário de Saúde, Silmar Fortes.

A Coordenação de Epidemiologia da Secretaria de Saúde realiza todo o controle de notificação de casos e de entrega dos estoques das vacinas e soros. A coordenadora Alessandra Cardoso informa que a Secretaria Estadual de Saúde ampliou o fornecimento das sorologias e vacinas o que nos possibilitou a ampliação do horário de atendimento.

“Antes os atendimentos da aplicação das doses subsequentes eram apenas às terças e sextas-feiras, agora é aplicado todos os dias da semana. Dependendo do tipo de acidente é necessário até quatro doses de vacinas que são prescritas pelo médico da unidade”, orienta Alessandra Cardoso.

Em caso de acidentes domésticos com algum animal peçonhento, Alessandra Cardoso orienta que não se faça garrotes no membro. 

“É importante que a pessoa lave o local da picada com água e sabão, não faça garrote, e mantenha a pessoa mais calma possível. Se por um acaso a pessoa ficar agitada, o veneno se espalha com mais velocidade pelo corpo. Imediatamente encaminhar a pessoa para UPA e oferecer água para mantê-lo hidratado”, disse Alessandra Cardoso.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Maria Beatriz Fagundes Pellegrini explica que os animais com vida devem ser encaminhados para a vigilância para cadastro.

“Os animais venenosos entregues na Vigilância são encaminhados para o Instituto Vital Brazil e seus venenos transformados em soros que são administrados por prescrição médica quando alguém se acidenta com um animal peçonhento ou venenoso”, disse Maria Beatriz Fagundes Pellegrini.

A coordenadora de Epidemiologia ressalta que a vacina só é aplicada por indicação médica.

“Na hora do atendimento o médico vai avaliar o grau de gravidade do acidente para aplicar as sorologias e vacinas. Acidente leve não é necessário aplicar o soro, pois ele pode causar reação adversa, então cada caso deve ser avaliado pelo profissional da urgência de acordo com o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde”, reitera Alessandra Cardoso.


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