Urnas confirmam previsões das pesquisas em votação tranquila

28/out 04:28

Em um dia de votação muito tranquila, sem boca de urna, detenções e nem mesmo santinhos espalhados pelas ruas, a eleição confirmou o que as pesquisas apontavam nesta última semana: vitória de Hingo Hammes, com 108.306 votos (74,74% dos válidos). Yuri Moura somou 36.611 votos (25,26%). O número de abstenções também subiu: 87.513 pessoas deixaram de ir às urnas, superando o número de ausentes no primeiro turno, que somou 71.088 eleitores. Foi um salto de 16.425 eleitores que deixaram as urnas de lado no segundo turno. Para comparação, em 2020, no segundo turno, foram 85.621 que deixaram de votar.

Nulos e brancos caem

A expectativa era de que pudesse haver uma quantidade maior de votos nulos porque, tradicionalmente, esse número aumenta no segundo turno. Em 2020, na segunda votação, 27.839 pessoas anularam seus votos. Ontem, no entanto, os votos nulos somaram 8.059, e outras 4.688 pessoas votaram em branco (no segundo turno de 2020, foram 9.058). Uma explicação para a “queda” de nulos e brancos este ano, que seria um voto de protesto por não identificação com os candidatos, é que esses eleitores nem quiseram sair de casa neste domingo, aumentando o volume de abstenções.

Menos mal

Ainda falando de números, merece registro a quantidade de abstenções, brancos e nulos. A soma é de 100.260 eleitores. Pelo menos é menor do que em 2020, quando abstenções, brancos e nulos foram 122.518 votos, superando a soma de Bernardo Rossi e Rubens Bomtempo, que tiveram, juntos, 117.634 votos.

Recorde mantido

E Hingo Hammes passou raspando, mas Mustrangi continua sendo recordista de votos. Em 2008, Mustrangi venceu a disputa no segundo turno, sendo eleito com 110.154 votos (65,1% dos votos válidos), contra Ronaldo Medeiros, que obteve 59.065 votos (34,9%).

E ontem foi a eleição com um acessório muito íntimo do petropolitano, o guarda-chuva. Com o tempo chuvoso, não teve jeito. Aqui, logo cedo, pessoal indo votar no Terra Santa, no Valparaíso.

Melhor cabo eleitoral

Hingo Hammes, agora ungido prefeito, fez uma campanha tranquila e foi “ajudado” pela rejeição à gestão Bomtempo, seu principal cabo eleitoral. Isso mesmo: à medida que o prefeito se desgastava com o eleitor, a comparação com o imediatamente anterior ficava mais fácil. E ainda pegou bem o mote de interino que conseguiu mostrar serviço em 11 meses e poderia fazer mais em um mandato inteiro.

Essa, não!

E o prefeito Bomtempo publicou no sábado um vídeo em suas redes sociais e distribuiu nota à imprensa dizendo que tinha uma boa notícia para o próximo prefeito, no caso, Hingo Hammes. Ele afirmou que Teresópolis desistiu da ação contra Petrópolis no caso do ICMS a mais – aquela ação judicial que obrigou a GE-Celma a declarar de forma diferente e que acabou derrubada na Justiça. Teresópolis reclamaria R$ 100 mil que estaria recebendo a menos no bolo do ICMS quando Petrópolis passou a receber a mais. E agora o prefeito teresopolitano pôs fim à ação, considerando que esses recursos serão recompensados por outras verbas, do consórcio intermunicipal de saúde que envolve cidades da serra.

A conta não fecha

Mas, é muita capacidade de contar história. Vejam bem: a média que a cidade recebia de ICMS era de R$ 20 milhões mensais. Com o rolo que meteram a GE-Celma, pulou para R$ 35 milhões. Por ano, dá mais de R$ 280 milhões a mais. Quando Terê reclamou na Justiça, Bomtempo alegou que era coisa política, afinal, a cidade vizinha perderia apenas R$ 100 mil mensais.

Qual é a mágica?

Ocorre que outras cidades como a capital e Caxias notaram também que receberam muitos milhões a menos. Porque se tem alguém recebendo a mais, tem outros recebendo a menos. Essas cidades também ingressaram na Justiça. Mas, voltando a Teresópolis, façam as contas: os R$ 100 mil que a cidade deixa de reclamar se transformam em R$ 15 milhões a mais para Petrópolis de que forma?

Estratégia

Na verdade, trocando em miúdos, Bomtempo percebeu que diminuiu de tamanho político quando ficou em terceiro no primeiro turno. Ao contrário de transições anteriores, em que “chutou o balde”, desta vez ele sabe que precisa deixar a cidade minimamente em ordem. Por isso, vai honrar folhas de pagamento, 13° salário, renovou convênio com o Hospital Santa Teresa e promete manter os serviços em funcionamento até o dia 31 de dezembro. E ainda tenta ficar bem na foto com questões econômicas, como essa do ICMS, afinal, 2026 está logo ali. Se fizer diferente, se sepulta politicamente.

Egressos  da turma de 1974 da Faculdade de Medicina se reuniram no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/FMP para comemorar o Jubileu de Ouro. As professoras Patrícia Pachá e Claudia Gorini organizaram a celebração, que contou até com a entrega do diploma. O médico cardiologista Silvério Henriques Tavares Neto disse que eles realizam encontros a cada cinco anos e o que predomina é a emoção e a lembrança de momentos que a turma viveu na Faculdade de Medicina de Petrópolis. Ele foi escolhido para repetir o feito de 50 anos atrás e ler novamente o Juramento de Hipócrates.

Contagem

Petrópolis está há 1 ano e 168 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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