Vacina da Pfizer tem eficácia reduzida contra variante Delta

26/07/2021 14:41
Por Sofia Aguiar / Estadão

A proteção fornecida pela vacina contra a covid-19 da Pfizer, em parceria com a BioNTech, é menor no combate contra a variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, relatou o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, ao Wall Street Journal. O executivo disse, no entanto, que embora a proteção contra todas as doenças sintomáticas esteja diminuindo, a proteção contra doenças graves continua alta e a maioria das pessoas pode não precisar de uma terceira dose.

Em meio às especulações de nova dose de proteção, Sahin se recusou a tomar posição sobre se os governos deveriam autorizar uma dose de reforço de sua vacina. Na semana passada, a Pfizer disse que planeja pedir ao governo dos Estados Unidos que autorize uma dose de reforço. “Este debate deve prosseguir sem nós: nós apenas forneceremos dados e os governos precisarão nos dizer o que desejam”, declarou.

Com a maior disseminação pela nova variante, a China informou, nesta segunda-feira, 26, que registrou 76 novos casos de covid-19, o maior número reportado em um dia desde janeiro, incluindo 40 contágios por transmissão local vinculados a um surto na província de Jiangsu, no Leste do país. Um dia antes, no domingo, 25, o país havia registrado apenas cinco novas infecções transmitidas localmente.

Dos 40 casos locais, 39 correspondem à província de Jiangsu e um a Liaoning, informou a Comissão Nacional de Saúde em um comunicado. Os demais 36 casos foram registrados em viajantes que chegaram à China, noticia a Associated Press. Dezenas de milhares de pessoas não podem sair das casas e as autoridades estão conduzindo testes em massa da população, prática padrão na China para o controle da disseminação do vírus.

Na busca pela retomada econômica mundial, o governo do Reino Unido vai reconhecer as vacinas administradas no exterior e britânicos que foram vacinados com as duas doses dos imunizantes contra a covid-19 poderão viajar para o Reino Unido com mais facilidade. De acordo com o Guardian, as restrições atuais apontam que apenas aqueles que foram totalmente imunizados pelo Sistema Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) não são obrigados a fazer quarentena se vierem de países classificados na “lista verde e âmbar”.

A nova medida está prevista para ser implementada a partir de agosto. Atualmente, cidadãos britânicos com dupla nacionalidade ou que vivem ou trabalham no exterior ainda são obrigados a se isolar por até dez dias.

Desde 1º de julho, 153 pessoas credenciadas para as Olimpíadas testaram positivo para coronavírus no Japão, disseram os organizadores do evento hoje, informa a Associated Press. Entre os atletas que residem na Vila Olímpica, 16 foram infectados.

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