‘Vamos conversar e avançar em novos acordos com o Brasil’, diz Efraín Alegre

23/04/2023 08:30
Por Fernanda Simas / Estadão

Pela terceira vez, Efraín Alegre disputa a presidência do Paraguai. Desta, seu Partido Liberal uniu uma coalizão de oposição para enfrentar o governista Partido Colorado. Analistas afirmam que esse é o melhor momento de Alegre, advogado de 60 anos, por conta da fragmentação no oficialismo e das acusações de corrupção que envolvem os rivais. Em conversa com o Estadão, ele disse estar otimista e afirmou que pretende avançar nas negociações sobre Itaipu com o Brasil.

Qual é a importância da frente que o apoia?

Ela permite superar uma visão do passado, de uma velha disputa de partidos. Hoje, a Concertación é o verdadeiro Paraguai. O Paraguai que o mundo vê não é o que somos. Não somos um país de sicários, de piratas, comprometido com o crime organizado e com a corrupção. Nosso país é de gente trabalhadora, decente, honesta.

Como pretende tratar o tema da corrupção?

Nossa prioridade é combater a corrupção e o crime organizado. A corrupção não é como a democracia. A democracia vem de baixo para cima. A corrupção vem de cima para baixo. É desde a mais alta autoridade que se inicia o combate.

Quais são os outros temas essenciais para o Paraguai?

Precisamos de uma política desenvolvimentista. Temos energia em abundância e não a estamos usando. Mas não podemos pensar em uma política industrial sem ter segurança jurídica. Além disso, precisamos desenvolver o campo. Estamos trabalhando em uma política de produção. Hoje, o Paraguai gasta US$ 1 bilhão para trazer produtos que podemos fazer em no país.

Qual é a sua opinião sobre o acordo de Itaipu?

Vamos conversar e avançar. Estou otimista com os acordos que vamos conseguir com o Brasil. Não somente em Itaipu, mas em outras áreas também. Acreditamos que o Brasil é, e deve ser sempre, um aliado estratégico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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