Vândalos picham Centro Cultural e locomotiva na Praça de Nogueira

15/02/2018 11:30

Quem passou pela Praça de Nogueira na manhã da última segunda-feira se deparou com a locomotiva Baroneza II e vários outros pontos pichados. O ato de vandalismo foi percebido por Luiz Veiga, coordenador do Núcleo Regional da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária que funciona no Centro Cultural da Estação de Nogueira (CCEN). Foi o próprio coordenador quem fez a limpeza da composição.

“Quando ele chegou na segunda de manhã viu os estragos e resolveu limpar a locomotiva. No e-mail que enviou, ele reclama que ninguém da administração do CCEN notou os estragos e que também não ajudaram a fazer a limpeza”, contou o presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária, Antonio Pastori. Ele também denuncia que não há câmeras e nem guardas civis para cuidar da segurança do museu. “Pelo o que sei não há nenhum sistema de segurança no local e são os comerciantes que ficam de olho, pois a locomotiva passou a atrair muita gente para aquela região”.

Na manhã dessa quarta-feira (14), equipes da Comdep estavam fazendo a limpeza do local, mas boa parte das pichações já havia sido retirada pelo coordenador. As pichações ainda podiam ser vistas em outros pontos como nas portas do Centro Cultural e nos bancos da praça. Durante o Carnaval, o local contou com apresentação de música e de animação infantil. A Prefeitura montou um palco e também barracas de alimentação na praça.

A locomotiva Baroneza II foi inaugurada em março de 2015 depois de passar por uma ampla reforma. Fabricada no século 19, a composição é um dos poucos exemplares ainda preservados no Brasil, relembrando tempos inesquecíveis da antiga estação de trem na Praça de Nogueira, construída em 1908, onde atualmente funciona o Centro Cultural Estação Nogueira que abriga uma biblioteca, o Museu do Trem, um auditório e espaço para exposições e eventos culturais.



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