Varredura de atualização

11/09/2018 08:15

A sandice toma conta do sofrido país de nossa vida e muito amor. Por causa exclusiva de políticos sem escrúpulos, pouco dotados de inteligência e rareado espírito público, estamos vivendo período de amargas trevas. Aliás, como sempre sucede em anos eleitorais. O primeiro horror que nos assalta é a inscrição das candidaturas mais loucas do planeta, sob oferecimento de um leque surrealista de postulantes, a maioria incapaz de objetivar programas coerentes e objetivos minimamente acordantes com as necessidades de manutenção e aprimoramento de nossa democracia.

E sob essa filigrana da política dos humanos – a democracia – tem-se perpetrado inconsequentes ações comprometedoras do bom senso, para não dizer, absolutamente contrárias à própria inteligência humana. Apelam para gestos e ações que qualquer animal teria vergonha de aplaudir, se a ele fosse dado o dom de pensar. O “filé-mignon” que compõe os programas eleitorais gratuitos, é o desfile grotesco de ditos e mal ditos que entulham nossos ouvidos e ferem nossos olhos diante de tanta bobagem que eles leem – e mal – muitos não sabendo sobre o que falam e o que fazem diante das lentes das câmeras. É nítida tal circunstância pela repetição ad-nauseam das mesmas promessas, de mesmos teores desde tempos imemoriais quando foram criadas as frases feitas que alimentam o besteirol político.

O pudor do passado foi substituído pela insensibilidade cultural que transita pelo grupo de inscritos gerando infeliz efeito desnorteador junto ao eleitorado, mais confundindo do que esclarecendo. E tomem mais e mais promessas de tudo o que não foi feito, embora prometido nas eleições anteriores todas.

O atual pleito foi agora brindado com a tentativa de calar um candidato, pela violência assassina, no modelo dos atentados ditados pelo xiitismo que vem de outras plagas.

O alerta máximo está acionado e quem há de pensar que os últimos acontecimentos trágicos estão anelados a um processo de desestabilização política, inclusive o crime do incêndio do Museu Nacional e a manutenção no xadrez mordômico de um ex-presidente? Interessa apurar?

Deve-se agir como as galinhas no pisar dos ovos com cuidado e suavidade para não quebrá-los. E sabedores que as raposas estão instaladas nos principais e mais asseados poleiros dos cercados e lidar com elas – as raposas – só com uma forte tropa de caça, com tudo permitido no direito e nos ditames sagrados dos princípios democráticos.

O nome dessa caçada é o pleito eleitoral e a ação deve ser revestida de muita cautela para que balas perdidas não atinjam inocentes que passam tranquilos e alheios e sem se aperceberem que são agentes – também – da limpeza de toda a área.

Nunca, em tempo nenhum, da democracia brasileira, tivemos uma campanha eleitoral tão sem sentido e indigente, cercada de processos junto às justiças de vários níveis, conferindo aos juízes dos mais elevados escalões judiciários, o papel de protagonistas centrais do processo eleitoral. E sob tumultos diários de competências e incompetências, em entrechoques que desautorizam nossa admiração anterior pela conduta ilibada que tanto e tanto apregoam, defendem e dela se valem para ditar a vida nacional.  Nem sempre com acerto, pelo confundir de uma legislação que necessita urgente varredura de atualização partindo dos princípios e não da sempre máxime preocupação no aumento dos altos salários e benefícios…

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