Vazamento de esgoto atinge várias lojas no centro da Posse

03/04/2018 14:20

O verão já terminou, mas os comerciantes da Posse continuam tendo prejuízos com o transbordamento da rede de águas pluviais e de esgoto no trecho central do distrito. Mesmo sem chuva, a água suja volta pelos ralos e inunda parte de lojas, e até de restaurantes, causando transtornos aos lojistas e clientes. 

O problema já é antigo, e surgiu quando foi inaugurada a obra de reurbanização do trecho da Estrada União e Indústria e Praça 29 de Junho, no Centro do distrito. Segundo comerciantes e moradores, a troca da tubulação da rede de esgoto seria a principal causa dos constantes entupimentos, e por consequência, dos alagamentos. “Desde que trocaram os tubos por canos de menor largura, a situação se repete. E justamente o que deveria ter sido feito era o contrário: colocar tubos de maior capacidade, para dar vazão. Até porque a nossa população cresce cada vez mais, e a tendência é produzir mais resíduos. Logo, era para ter canos mais apropriados para isso”, contou um comerciante que preferiu não se identificar. 

Em 2012, numa chuva de verão, uma loja de materiais de construção chegou a ter prejuízo com sacos de cimento, argamassa, e várias peças do estoque danificadas pela águas de esgoto, misturada com a da chuva, que subiu quase 15 centímetros do chão no interior do estabelecimento. E como se já não bastasse os prejuízos, ainda ficou o mau cheiro. Por diversas vezes, o problema se repetiu, e até mesmo fezes chegaram a subir pela tubulação, inundando parte da calçada. “É um absurdo. O cheiro é horrível, e nós pagamos uma taxa caríssima de tratamento de esgoto aqui na região, desde que fizeram a obra”, contou um comerciante, desabafando. 

A taxa de tratamento de esgoto, inclusa na conta de água, e paga pelos comerciantes chega a custar R$ 87 por mês, no distrito da Posse.

Procurada pela Tribuna, a Águas do Imperador informou que a rede de esgotamento sanitário da Posse passa por frequentes manutenções. A companhia disse ainda que o motivo dos eventuais retornos é o mau uso da rede. Nesse caso específico,  além de muitos detritos, o lançamento de gorduras é muito acima do suportável, segundo a companhia.  

Mas, os moradores retrucaram. "Não passamos a despejar gordura ou esses detritos da noite para o dia. Antes das obras e da substituição dos canos não tinha esse problema. O que vamos fazer então? Os moradores não podem dar descarga em sua própria casa porque a tubulação não comporta? É um absurdo!" finalizou um morador. 

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