Venda de repelentes aumenta na cidade

31/01/2016 07:00

As farmácias já estão sentindo o aumento do consumo de repelentes e produtos similares. No Centro de Petrópolis, numa delas as vendas desses produtos cresceram 45%. Somente nos primeiros 30 dias do ano, mais de 1,5 mil frascos de diferentes marcas foram vendidos, o que representa uma saída de 150 frascos por dia. 

Em outra farmácia, havia uma fila de espera para comprar repelentes. “A venda cresceu muito. Nós estávamos com o produto em falta numa ocasião, e tínhamos uma longa fila de espera. Conforme os produtos foram chegando, fomos direcionando a essas pessoas, até que conseguimos atender a toda a demanda e disponibilizar os produtos para a venda, porque não sobrava”, disse Ana Carolina, gerente de uma farmácia na Rua do Imperador. Ainda de acordo com ela, a loja tem clientes fixos de repelente. “Apesar de termos conseguido atender a toda a demanda, tem sempre gente que deixa um pedido fixo reservado para cada mês. São grávidas, idosos e pais de crianças, todos se prevenindo contra a dengue”.

Enquanto nossa equipe conversava com Ana Carolina, pelo menos três pessoas estavam com repelentes nas cestinhas, passando no caixa. A psicóloga Regina Belmont, de 42 anos, comprou dois frascos para não correr o risco de ficar sem. “A gente não pode aventurar mais. São tantas doenças e riscos que nós ficamos meio que amedrontados. Não quero me arriscar. Prefiro gastar dinheiro com repelentes e ficar bem do que ter que me arriscar e comprar remédios depois, a ponto de ter alguma consequência por conta da doença”, revelou.

Na última quarta-feira os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Casa Civil, Jaques Wagner, se reuniram com representantes de fabricantes de repelentes que ajudam a evitar picadas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika, para tentar um acordo com o objetivo de distribuir repelentes gratuitamente a gestantes que participam do programa Bolsa Família. Além disso, um acordo fechado com empresas argentinas, que são fornecedoras de repelentes, promete baixar os preços dos produtos nos dois países. As medidas apenas confirmam a preocupação da população em se prevenir contra a picada do mosquito da dengue.

Quanto mais a tecnologia avança, mais modalidades diferentes de repelente começam a surgir. Em Petrópolis, o preço dos produtos varia bastante. Marca, tamanho e tipo de repelente são fatores determinantes para o preço e eficiência. Nas farmácias, o preferido é o tipo loção, que vem num frasco geralmente de 200 ml com spray. O preço médio desse produto é de R$ 12. Já os eletrônicos, que são ligados à tomada, custam entre R$ 12 e R$ 17,90 no centro histórico. 


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