Verba para manutenção de vias depende de projetos
Quem circula diariamente pelas ruas da cidade tem a mesma percepção: os buracos tomam conta das vias. A falta de conservação é visível em vários trechos da cidade, do Centro Histórico até os distritos. Dirigir requer atenção para desviar dos buracos, das ondulações e imperfeições e até mesmo das armadilhas que são as tampas de bueiros (em sua maioria em desnível com as ruas). Um levantamento feito pela Tribuna no site da Prefeitura mostrou que, de janeiro de 2017 até julho deste ano, o governo municipal realizou apenas duas licitações para manutenção viária. Ambas aconteceram no ano passado: uma no valor de R$ 537 mil para fornecimento de lama asfáltica e outra no valor de R$ 692 mil para asfaltamento em vários pontos da cidade. Esses contratos ainda estão vigentes: o primeiro termina em agosto e o outro em novembro.
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A Prefeitura informou que, de janeiro até agora, já realizou a operação tapa-buracos em mais de 250 ruas de toda a cidade, entre elas: comunidades do Fragoso e Florido, Alto da Serra, Centro, Estrada da Saudade, Secretário, Nogueira, Itaipava, Neylor, Caxambu, Morin e Carangola. A equipe da Tribuna foi na manhã da última sexta-feira a algumas das ruas citadas pela Prefeitura.
Em alguns trechos do Morin, Neylor e Carangola, por exemplo, a equipe ainda encontrou muitos buracos e ruas desniveladas. Também havia remendos no asfalto indicando a realização da operação tapa-buracos em vias desses bairros. Para quem circula diariamente pelas ruas da cidade, reforça que a solução para essas vias é a pavimentação, uma vez que a lama asfáltica usada para cobrir os buracos saem com o primeiro temporal.
De janeiro de 2017 até agora, as ruas Souza Franco e Silva Jardim foram as únicas que receberam obras de pavimentação do governo municipal de forma completa desde janeiro do ano passado. No início do ano, um trecho de 140 metros da Estrada União e Indústria, no distrito de Pedro do Rio, também foi recapeado, no entanto, a intervenção foi em parceria com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), que forneceu o material.
Outras ruas também poderiam ser beneficiadas com a pavimentação, caso a Prefeitura apresentasse um projeto para o Ministério das Cidades para começar a receber a verba no valor de R$ 740 mil. O convênio com a União e a Caixa Econômica Federal (CEF) foi assinado em dezembro do ano passado, mas até o momento, de acordo com o ministério, o dinheiro não pode ser liberado devido a falta de um projeto.
O contrato com o Ministério das Cidades tem vigência até primeiro de novembro de 2019, prazo que o município tem para apresentar o projeto. Caso isso não aconteça, o dinheiro não será liberado. A previsão inicial é de que essa verba seria usada na pavimentação da Rocha Cardoso e Barão do Amazonas, vias do Centro Histórico e que dão acesso a bairros como Valparaíso e Quitandinha.
Em nota, a Prefeitura informou que o Programa Mais Asfalto conta com recursos próprios e verbas da União, com R$ 4 milhões para a primeira fase, que já contemplou as ruas Souza Franco e Santos Dumont. Segundo o governo municipal, dez ruas no total ganharão o investimento. O cronograma prevê vias como a Monsenhor Bacelar, está com verbas do governo federal e iniciando nas próximas semanas (desde a Barão do Amazonas até a Rocha Miranda, acesso à Coronel Veiga). Por estas vias circulam 1,2 mil ônibus diariamente.
De acordo com a Prefeitura, as intervenções que dependem de licitações serão retomadas ao fim do período eleitoral. A nota acrescentou ainda que a Secretaria de Obras faz a manutenção viária nos bairros, tendo já aplicado 300 toneladas de asfalto.