Vereador Arnaldo Faria de Sá morre aos 77 anos em São Paulo

16/06/2022 13:02
Por Redação O Estado de S. Paulo / Estadão

Ex-deputado constituinte e vereador em São Paulo, Arnaldo Faria de Sá (Progressistas-SP) morreu na madrugada nesta quinta-feira, 16, aos 77 anos. O vereador, que vinha enfrentando problemas de saúde, estava internado no Hospital Nova Star, na zona sul da capital paulista, desde a semana passada.

Faria de Sá foi eleito deputado federal por oito mandatos, licenciando-se duas vezes do cargo para ocupar secretarias municipais em São Paulo – primeiro a de Esportes, Lazer e Recreação no governo Paulo Maluf, e depois a secretaria de governo de Celso Pitta.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decretou luto oficial de três dias pelo falecimento de Faria Sá, a quem chamou de “notório regimentalista”.

“Ocupou inúmeras funções públicas e vocalizou com talento e habilidade os temas mais candentes de seu tempo. Deixa o exemplo de um homem público capaz de divergir e convergir com firmeza e flexibilidade, sempre com seu carisma e sua simpatia”, escreveu Lira em uma rede social.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (PSDB), lamentou a morte do vereador, destacando a luta de Faria de Sá pelo direito de idosos, aposentados e pensionistas.

“Na Câmara Municipal de São Paulo, era o presidente da Comissão do Idoso e Assistência Social. Fará muita falta como vereador parceiro e combativo na luta pela aprovação dos Projetos de Lei importantes para São Paulo. Meus sentimentos a todos os familiares e amigos”, disse Leite.

Faria de Sá fez a maior parte da carreira política no PTB, legenda que defendeu por 18 anos. O então deputado se mudou para o PP em 2018, alegando que sofreria um processo de expulsão no ex-partido por ter votado contra a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Recentemente, Faria de Sá foi alvo de uma representação na Corregedoria da Câmara após se referir ao ex-prefeito Celso Pitta como um “negro de alma branca”.

Acusado de racismo, o vereador reconheceu o erro em plenário e pediu desculpas. “Realmente me equivoquei e peço desculpas. Não quero discutir com ninguém, só quero pedir desculpas humildemente”, afirmou.

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