Vereador do Paraná é preso por suspeita de envolvimento em atentado com coquetel molotov

28/jun 13:37
Por Karina Ferreira / Estadão

A Polícia Civil de Francisco Beltrão, cidade paranaense a 470 quilômetros da capital Curitiba, cumpriu seis mandados de busca e apreensão e realizou prisões na manhã desta sexta-feira, 28. Um vereador, que não teve o nome oficialmente divulgado, foi preso temporariamente durante as diligências. A operação investiga supostos desvios de valores de um clube social da cidade, o Marrecas Clube. Há denúncias de atentados com artefatos incendiários contra membros do conselho deliberativo do clube.

Além do vereador, uma pessoa que presta serviços ao clube também foi presa. Os investigados são suspeitos de furto, ameaça, extorsão, roubo e associação criminosa. Durante as diligências, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e documentos que serão periciados pela polícia.

Procurada pelo Estadão, a Câmara municipal informou que, apesar o mandado de busca e apreensão ter ocorrido no gabinete do vereador, a investigação não apura crimes envolvendo a atividade parlamentar do suspeito. “A Casa de Leis está colaborando com a Polícia Civil nas investigações, no entanto, reforça-se, tal procedimento investigativo não tem qualquer vínculo ou relação com a Câmara Municipal e suas atividades, fato este, confirmado pela Polícia Civil”, disse em nota.

Haverá uma reunião no início da tarde desta sexta-feira com a mesa diretora e os demais parlamentares para debater o assunto, e é possível que o vereador seja afastado do mandato.

Em maio, o vereador Oberdan Saretta (PSDB) usou a tribuna da Câmara Municipal para denunciar os supostos atentados. Ele é um dos membros do conselho deliberativo do clube. No discurso, o vereador afirmou que houve atentados contra a dois conselheiros do clube, um em que criminosos lançaram garrafas com material explosivo, e outro em que um artefato explosivo foi colocado embaixo do veículo do conselheiro. Segundo o vereador, houve uma explosão, mas ninguém ficou ferido.

“Não vou sossegar e me tranquilizar (até os responsáveis serem revelados). E se acaso acontecer alguma coisa contra minha pessoa, as forças policiais estão avisadas”, alertou o vereador.

Últimas