Vereador Luiz Eduardo (o Dudu) ainda está foragido

14/04/2018 09:50

O vereador Luiz Eduardo (Dudu) ainda é considerado foragido da justiça, pois não se entregou e nem foi encontrado pela polícia. Ele é procurado deste a manhã de quinta-feira, dia 12, quando o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) promoveu a operação Caminho do Ouro, cumprindo mandados de prisão preventiva dele e do presidente da Câmara, vereador Paulo Igor da Silva Carelli, que está preso em Benfica.

Com relação a citação na operação Caminho do Ouro do envolvimento da empresa Elfe Soluções em Serviços LTDA, na denúncia de fraude na licitação em 2011, num acordo entre o presidente da Câmara e o empresário Wilson da Costa Ritto Filho, o “Júnior”. A empresa Elfe esclarece que não tem qualquer ligação com o Grupo Facility. A informação de que o empresário Ritto Filho foi vice-presidente de empresa daquele grupo não procede, o que uma mera consulta à Junta Comercial poderia comprovar. A Elfe sente-se na obrigação de reestabelecer a verdade para que a empresa, que desde 2015 opera sob nova gestão, não seja prejudicada por falsas informações. 

Esta é a segunda vez que o vereador Dudu enfrenta problemas com a Justiça devido a denúncias investigadas pelo Ministério Público Estadual. Em setembro de 2017, o Ministério Público, por meio do Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (GAOCRIM/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), realizou operação de busca e apreensão no gabinete do vereador e sua residência. 

Por conta desta operação, o vereador foi afastado da Câmara, ficando 74 dias sem exercer o mandato, retornando apenas em dezembro, quando a desembargadora Denise Vaccari Machado Paes revogou a decisão, permitindo que Dudu voltasse a Câmara. O vereador foi denunciado pelo MPRJ por participar de esquema de enriquecimento ilícito na Câmara Municipal de Petrópolis, entre 2009 e 2012.

Em troca da indicação para ocupar cargos comissionados, segundo a denúncia no Ministério Público, Luiz Eduardo exigia que os servidores obtivessem empréstimos consignados na Caixa Econômica Federal, com descontos em folha de pagamento. Uma vez obtidos os empréstimos, os respectivos valores eram integralmente repassados ao vereador. Pelo acordo, os funcionários arcavam com os descontos efetuados mensalmente em seus contracheques. 

A condição também era imposta a servidores já nomeados para que se mantivessem em cargos comissionados. Segundo a denúncia, funcionários que não concordavam com o esquema eram exonerados. Por causa desta denúncia, o vereador responde ainda pelos crimes de corrupção passiva e concussão e agora, responde também por participar no crime fraude em licitação, junto com o vereador Paulo Igor.

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