Vereadores denunciam invasão do sistema de informática da Câmara e sabotagem
Depois de meses reclamando de perseguição, o vereador Marcelo Lessa na última sessão do legislativo resolveu explanar com mais detalhes a fragilidade do sistema de informática da Câmara de Vereadores. Segundo ele, ex-vereadores, como Jamil Sabrá, teriam acesso até hoje ao sistema interno da Casa com senha ativas, assim como ex cargos de confiança de Hingo Hammes, hoje vereador, mais que foi presidente da casa.
Investigação
Até então os vereadores estavam lidando com a situação de forma ‘interna’ e dando umas alfinetadas em recados cifrados em seus discursos. Mas, agora, resolveram colocar a boca no trombone. Talvez não saibam as consequências dessa explanação. Mas o que a gente vai querer saber é que tipo de dados podem ter sido acessados e até mesmo manipulados. E agora virou mesmo caso de polícia. O mínimo a ser feito é pedir uma investigação policial.
Sabotagem
“Você agora sentado nessa cadeira pode explodir na sua conta e tem testemunhas”, avisou Marcelo Lessa a Junior Coruja, presidente da Casa. Coruja, por sua vez, disse que vai ‘verificar a denúncia (de Lessa) e levar aos órgãos competentes. Até mesmo o vereador Gil Magno, que foge de encrencas se posicionou e disse que no dia da votação da mesa diretora um funcionário do departamento de informática pediu que ele entregasse o telefone para colocar a senha do wifi: “pode ter uma sabotagem, sim”, disse ele. Domingos Protetor também disse que seu computador foi invadido e que registrou ocorrência na delegacia.
‘Todo errado’
Lessa, ao que parece, cansou de tratar o assunto nos bastidores, porque está sendo desgastado com a pecha de que é “maluco e todo errado” numa tentativa de desqualificar a sua denúncia que vem sendo feita ainda na gestão de Hammes. Disse, inclusive, que “juntaram turma e foram na minha casa falar que sou maluco”, afirmou. Não nominou, mas nas entrelinhas deu para ver que foram pessoas ligadas aos vereadores e alguns próprios.
Fio da meada
Tem alguma coisa que não está sendo contada nesta queda de braço entre a prefeitura e os hospitais Nossa Senhora Aparecida e Santa Mônica. As unidades de saúde, segundo a prefeitura, estão se recusando a atender pacientes do SUS mesmo com os pagamentos em dia. Já os hospitais, que têm leitos contratualizados com a prefeitura, teriam alegado problemas administrativos. O caso foi parar na justiça. A gente torce que haja uma audiência judicial com as partes frente a frente para que a gente, então, saiba a realidade dos fatos.
E a fila da UTI?
O caso é que, sem os leitos, começam as filas, incluindo de UTI. Mas, sobre a desumana fila por espera em leitos de UTI a prefeitura não informou como está esse cenário. Disse apenas sobre 36 pacientes aguardando vaga de clínica médica na central de regulação.
Oportunidade
Hoje, às 19h, a Câmara dos Vereadores, debate em sessão o relatório do quadrimestre de desempenho da saúde. É a hora de saber os resultados em atendimento à população. Mas, podiam aproveitar e fazer uma brecha e já perguntar sobre essa recusa dos hospitais em operar leitos para o SUS, principalmente de UTI. Já podiam perguntar também nesta audiência como anda a fila de espera para unidades de tratamento intensivo.
Novo endereço de licitações
A prefeitura anunciou que o novo Centro Administrativo no Hipershopping do Alto da Serra vai ser inaugurado em 16 de março. Mas hoje já inicia no novo endereço a Secretaria de Administração incluindo o Departamento de Licitações Compras e Contratos.
É sempre assim
Os moradores do Brejal divulgaram ontem que amanhã farão uma manifestação no centro da Posse cobrando melhorias para a localidade, principalmente, as estradas de terra que são seriamente danificadas com as chuvas além da precariedade no fornecimento de energia elétrica. Como anunciaram o ato, alguma dúvida que hoje a prefeitura vai mandar o pessoal da Comdep e Obras dar uma guaribada na área?
Contingência para o turismo
Um dos sustentáculos da economia da cidade é o turismo – com 8 mil empregos diretos e mais 30 mil indiretos contando a sua influência sobre o comércio. Mas o que se faz pelo setor em episódios como a da tragédia das chuvas? É isso que o Conselho Municipal de Turismo trata hoje, às 16h, em reunião em que vai apresentar a formação de um Plano de Contingência específico para o setor.
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