Vida longa ao Partidão

23/03/2017 12:45

A comemoração dos 95 anos de existência do PCB é um desses momentos privilegiados para se refletir sobre o papel e a influência do pensamento de esquerda no Brasil. O Partido Comunista Brasileiro, enquanto matriz desse pensamento, esteve presente ao longo de todos esses anos em episódios marcantes da vida política nacional, sempre defendendo de maneira intransigente os interesses das classes trabalhadoras e do país, liderando movimentos populares, organizando e conscientizando a juventude e a classe operária.

O PCB foi berço de revolucionários que submeteram suas dores mais sentidas aos interesses do povo brasileiro, é o partido mais antigo do país e exemplifica de forma cabal a articulação entre a história de um partido e a história da sociedade na qual se insere e atua. Falar da história do PCB, portanto, é falar da história do Brasil de um ponto de vista específico, destacando um de seus aspectos característicos: as lutas de seu povo.

Com uma história marcada pela perseguição e o arbítrio que sempre dificultaram suas ações, o partido da classe operária a tudo sobreviveu e hoje se destaca do conjunto da esquerda por sua coerência, firmeza ideológica e pela leitura justa e acertada da realidade nacional, bem como pelas propostas de construção do Poder Popular e superação do capitalismo na perspectiva do socialismo. Ponto fora da curva reacionária que assola o Brasil e o mundo, o PCB segue na linha de frente das lutas populares propondo caminhos para a superação da crise e desse sistema injusto e excludente, provocador das crises, e cuja existência coloca em risco a própria sobrevivência da espécie humana.

Éramos poucos no princípio, como agora, e dada a onda fascista que de tempos em tempos ameaça a própria democracia burguesa, é de se admirar que ainda existam comunistas organizados em seu partido. Pois eles existem e continuarão se multiplicando enquanto houver injustiça e opressão, miséria e exploração; enquanto existir capitalismo. Tanto hoje como há 95 anos, o PCB se faz necessário.

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