Vidas em (mais) risco há um ano; rodoviários podem fazer paralisação

Novos acidentes com ônibus marcaram a véspera do feriado do Dia do Trabalhador, aquele que, além do estudante, mais depende do transporte público. E não foi diferente do que se tem vivido há anos – com agravante a partir de 09 de maio de 2023, quando houve o incêndio na garagem de ônibus das empresas – de ter piorado ainda mais, aumentando os riscos.  Em ambos os casos, Sargento Boening e na Curva da Batatinha, no Valparaíso, os veículos teriam perdido os freios. No primeiro, o motorista teria ‘jogado’ o ônibus na valeta para parar o veículo. No segundo, os carros que vinham no sentido contrário, subindo, foram a ‘barreira’.

‘Atos terroristas’

Falta apenas uma semana para o aniversário do incêndio e, de lá para cá, é puro caos.  As empresas Petro Ita e Cascatinha trouxeram ônibus seminovos para substituir, com igual qualidade, o que já era ruim. Horários foram suprimidos, itinerários foram compartilhados por um mesmo veículo e o usuário só sofrendo. Foram vários registros de ônibus sem freio descendo ladeira abaixo – que Deus acudiu para não acontecer o pior e até mesmo incêndios isolados, o que o prefeito Bomtempo classifica como atos terroristas.

Ninguém responsabilizado

Com essa fala que criminaliza esses incêndios isolados e a anterior – do fogo na garagem – Bomtempo e CPTrans não cobraram mais a identificação de responsabilidades. O inquérito policial não teria sido concluído. De lá para cá, uma clara má vontade política de licitar, encampar, intervir, o que fosse, afinal, nas linhas da Cascatinha e Petro Ita.  Em sua defesa, o prefeito alega que passou a respondeu criminalmente quando interviu e transferiu oito linhas da Cascatinha para a Cidade das Hortênsias. E assim, aguardou a justiça dizer que podia licitar agora. Mas, a licitação foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado que enxergou irregularidades no processo aberto pela prefeitura. E assim, o trabalhador segue a vida, arriscando-a todos os dias e dependendo da habilidade do motorista e das mãos de Deus.

Cratera da BR-040

A vereadora Júlia Casamasso, do Psol, fará o lançamento público de um relatório sobre as investigações sobre a concessão da Concer e seus impactos na comunidade do Contorno que sofreu com aquela cratera aberta em novembro de 2017. São sete anos do ocorrido que interditou 55 casas e, até hoje, nenhuma das famílias foi indenizada. Julia preside a Comissão Especial formada pela Câmara para tratar do assunto.  O lançamento vai ser segunda-feira, às 19h,  no Salão Nobre do CEFET.

Paralisação

Hoje, rodoviários da PetroIta e Cascatinha  foram convocados pelo sindicato da categoria para duas assembleias, às 10h e 15 horas, na sede da entidade e podem definir uma paralisação. Cobram os atrasos no pagamento de salários, adiantamentos, férias, além do não recolhimento do Fundo de Garantia e atraso no vale refeição.  A gente aposta que na hora h, salários e outros benefícios serão colocados em dia (menos o FGTS) para desmobilizar a paralisação. 

Contagem

E Petrópolis está há 359 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

No estaleiro

Vítima de trombose na  perna esquerda, o prefeito Rubens Bomtempo vai passar um tempo no estaleiro. Está internado no Hospital Unimed passando por tratamento. Sua ausência foi sentida na abertura da Flipetrópolis e quem fez as honras da casa foi o vice, Paulo Mustrangi, recebendo público, autores e convidados ontem, no Palácio de Cristal.

Falando em ônibus

Domingo, 6.513 moradores de Petrópolis  farão a prova do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), aquele concursão para selecionar pessoal para 21 entidades ligadas ao governo federal. E a quantidade de gente tendo de se deslocar para os locais das provas é grande. Melhor reservar Uber porque se depender da oferta de ônibus e se eles vão ter freios funcionando…

Tá devendo

Ontem, Dia do Trabalhador, o prefeito Rubens Bomtempo ficou no devo: não anunciou a esperada Secretaria do Trabalho, nem o funcionamento do Banco de Alimentos, nem a moeda social Ipê.

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