Vigilância Sanitária alerta para o risco de acidentes por picada de animal peçonhento
A chegada do verão alerta para algumas precauções que a população deve ter para evitar danos à saúde. Além dos cuidados preventivos contra a proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti, também são necessários cuidados para manter as residências livres da presença dos animais peçonhentos. Nessa época do ano aumenta o número de acidentes por picada de animais e os cuidados devem se intensificar. De acordo com os dados da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, em 2018, houve um crescimento de 61% de registros durante os meses de temperatura elevada, se comparado aos períodos mais frios do ano.
Entre os 182 casos registrados em 2018, 150 foram de pessoas vítimas de picadas de serpentes, aranhas e escorpiões. O atendimento emergencial para esses casos é feito pela UPA Centro, que possui o soro para o tratamento dos casos.
A equipe da Vigilância Epidemiológica, sempre que ocorre algum acidente ou quando é acionada, faz um trabalho de orientação nas comunidades. Nessas ações são realizadas panfletagens e são passadas orientações para a população quanto ao risco desses animais. Além do trabalho rotineiro nas comunidades, a equipe também atua no envio de animais para a produção do soro específico para o tratamento. “O soro é feito com o veneno do próprio animal, o município mantém um estoque do antídoto para o atendimento de ocorrências”, destaca a diretora de Vigilância em Saúde, Elisabeth Cavalcanti Wildberger.
Por conta da incidência de casos, o município também contribui para a captura dos animais para a produção soro. De acordo com a diretora do setor, Petrópolis é um dos maiores fornecedores de animais peçonhentos para o Instituto Vital Brazil, que produz os antídotos. “A captura dos animais é feita quando recebemos denúncias ou há registros de ocorrências. Nossa equipe faz a identificação do animal e o encaminha para o instituto”, conta Elisabeth.
Ao ser picada por um desses animais, a pessoa deve imediatamente buscar atendimento na UPA Centro onde receberá o tratamento recomendado. Os técnicos da unidade médica identificarão o tipo de picada e realizarão todos os exames e procedimentos adequados para a cada caso. Além de serpentes, aranhas e escorpiões, foram registrados em 2018, 38 casos de picadas de lagarta, abelha, marimbondo, vespa, entre outros.
São várias as medidas a serem adotadas para prevenir o surgimento desses animais nas residências, entre as quais a manutenção da limpeza dos quintais, jardins e terrenos baldios, evitando o acumulo de entulho, lixo doméstico, ferro velho, telhas e tijolos; vedar os sacos de lixo; usar luvas e calças compridas ao efetuar a limpeza de locais com vasta folhagem; realizar a manutenção de muros e calçamentos, para que não apresentem frestas onde a umidade se acumule e os animais se abriguem; colocar telas em janelas, vedar ralos de pia, tanque, chão e soleiras de portas; combater a infestação de baratas e roedores; não realizar queimadas em terrenos baldios, para evitar que escorpiões e outros animais se direcionem para outras áreas, entre outros.
Em caso de identificação de animal peçonhento denúncias podem ser feitas pelo telefone (24) 2231-0841.