‘WSJ’: empresas de telecomunicações da China pedem para manter listagem nos EUA
Grandes empresas de telecomunicações da China pediram à New York Stock Exchange (Nyse) que reconsidere planos de encerrar a listagem de suas ações, no último lance da polêmica sobre se essas companhias devem ou não ter aval para ser negociadas nos mercados americanos, segundo o The Wall Street Journal (WSJ).
Em comunicados divulgados em Hong Kong na quinta-feira (21), China Mobile, China Unicom e China Telecom disseram que apresentaram pedidos para que a Nyse reverta a decisão de cancelar suas American Depositary Receipts (ADRs). Também pediram que a interrupção de negócios com suas ADRs seja suspensa neste meio tempo.
Os pedidos vieram horas depois de o democrata Joe Biden tomar posse como presidente dos EUA. Em seu primeiro dia de governo, Biden assinou 17 decretos, revertendo algumas das principais políticas de seu antecessor, o republicano Donald Trump.
Em novembro, Trump emitiu decreto impedindo americanos de investirem numa série de empresas chinesas que, de acordo com Washington, apoiavam o setor militar chinês. A ordem impede investidores dos EUA de comprar ativos dessas companhias desde o último dia 11.
A Nyse não respondeu de imediato a uma solicitação do WSJ para comentar o assunto.
Na prática, o cancelamento das ADRs tem pouco impacto nas três empresas e todas elas também estão listadas em Hong Kong, onde suas ações vem sendo impulsionadas este mês por um novo fluxo de investimentos vindo da China continental.
Cnooc
O compilador de índices MSCI anunciou ontem que vai retirar as ações listadas em Hong Kong da petrolífera chinesa Cnooc de alguns de seus índices de referência na terça-feira (26). Nesta sexta-feira, a ação da Cnooc sofreu um tombo de 5,57% na Bolsa de Hong Kong. Fonte: Dow Jones Newswires.